Henrique é acusado de usar avião da FAB para fazer campanha no RN

Robinson Faria acusa Henrique Alves de usar avião
da FAB para fazer campanha no RN
Aviao FAB
Após denúncia, TRE cobra informações sobre a utilização da aeronave oficial pelo candidato do PMDB
A Aeronáutica, a Infraero e o Departamento de Aviação Civil (DAC) têm cinco dias para informar a quantidade de viagens realizadas por Henrique Eduardo Alves, do PMDB, com o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) nos últimos seis meses. A informação foi solicitada pela desembargadora e corregedora do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Zeneide Bezerra, que apura a denúncia de que Henrique estaria utilizando a aeronave oficial com fins eleitorais, fato que, se confirmado, poderá causar a cassação do registro de candidatura dele e ainda torná-lo inelegível por oito anos por abuso de poder.
A denúncia foi formulada pela coligação do também candidato ao Governo do Estado, Robinson Faria, do PSD. Vale lembrar que a utilização da aeronave do Governo do Estado para participar da campanha eleitoral de Mossoró, em 2012, foi o que tornou a governadora do Estado, Rosalba Ciarlini, do DEM, inelegível por oito anos – por decisão do mesmo Tribunal Regional Eleitoral.
"Seja oficiado o Ministério da Defesa, por meio do Comando da Aeronáutica, bem assim a INFRAERO e o Departamento de Aviação Civil – DAC, para informar, no prazo de 5 dias, a quantidade de viagens realizadas pelo investigado, no período de abril de 2014 até a presente data, com as respectivas origens, destinos e relação dos passageiros do avião oficial utilizado", solicitou a desembargadora Zeneide Bezerra, em despacho publicado no dia 6 de outubro.
Segundo a ação de investigação judicial eleitoral (AIJE), proposta pelo advogado de Robinson Faria, Ronald Castro de Andrade, Henrique Alves "vem fazendo uso constante do avião da FAB com fins escusos e vedados pela legislação eleitoral, quais sejam: transporte de correligionários, cabos eleitorais e simpatizantes da sua campanha para governador, sempre que vai ou volta para Brasília, capital federal".
Como presidente da Câmara Federal, em Brasília, é bem verdade que Henrique tem o direito de utilizar o avião da FAB para se deslocar para o trabalho ou voltar para sua residência. E isso, segundo a AIJE, não é questionado. "O que se busca coibir e principalmente punir é o desvirtuamento de tais benesses em prol de sua candidatura a Governador do Estado do Rio Grande do Norte, em flagrante abuso de poder político e de autoridade apto a ensejar a quebra de isonomia entre candidatura", apontou o texto da peça inicial.

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