Getúlio Medeiros teria se negado a prender homem suspeito de homicídio.
Ele também vai responder por corrupção passiva, peculato e prevaricação.
O delegado de Polícia Civil Getúlio José de Medeiros, lotado no interior do Rio Grande do Norte,
foi afastado de suas funções pelo juiz Luiz Cândido de Andrade Villaça,
titular da Vara Criminal de Caicó. A determinação foi assinada nesta
segunda-feira (10). Segundo o magistrado, o delegado é suspeito de sete
crimes, entre os quais corrupção passiva, peculato e prevaricação (os
dois últimos crimes cometido por funcionários públicos no exercício de
sua função). O G1 tentou falar com Getúlio, mas o telefone dele estava desligado.
De acordo com a denúncia, os crimes cometidos pelo delegado teriam
ocorrido enquanto ele estava à frente da 3ª Delegacia Regional de
Polícia Civil em Caicó. Atualmente, o delegado estava lotado no município de Marcelino Vieira,
no alto Oeste potiguar, onde, segundo as investigações, já há notícias
de práticas semelhantes. O magistrado determinou ainda que o denunciado
entregue sua carteira de identidade funcional na Secretaria Judiciária
do Juízo e proibiu o bacharel de entrar em delegacias e prédios
públicos.
Ainda de acordo com as determinações, o delegado deve atender a recolhimento domiciliar noturno e aos finais de semana. Além disso, deve se apresentar mensalmente ao juízo e está proibido de mudar de endereço sem autorização judicial - tudo sob pena de decretação de prisão preventiva em caso de descumprimento.
Operação Coiteiros
Getúlio Medeiros é suspeito de não ter feito a lavratura de flagrante delito contra um suspeito que teve a prisão decretada na operação Coiteiros, realizada pelo Ministério Público no dia 25 de fevereiro em cinco cidades da região Seridó e em uma da Grande Natal. O suspeito detido, segundo a polícia, é apontado como autor de homicídios e seria o braço operacional da organização criminosa denunciada pelo MP. Segundo o juiz, o preso foi conduzido à sede da delegacia regional por um agente da Polícia Civil e uma equipe de policiais militares, com todos os elementos jurídicos necessários para lavratura da sua prisão em flagrante por ter assassinado o próprio pai, fato ocorrido no dia 7 de setembro de 2012 na cidade de Jucurutu, também no Seridó.
Contudo, de acordo com o Ministério Público, o delegado não lavrou o flagrante e ainda liberou o suspeito, apenas colhendo o depoimento dele. O advogado do suspeito, ainda segundo o MP, é filho de Getúlio. Após a liberação, o preso teve prisão preventiva decretada, mas já estava foragido.
Apropriação de fianças e negociações ilícitas
O delegado Getúlio também é suspeito de crimes de peculato por apropriar-se de três fianças, uma delas integralmente. Em outros casos, segundo o MP, o delegado informava aos cidadãos flagranteados a fixação de um valor, mas, no papel consignava um valor menor e apropriava-se da diferença. Getúlio José ainda é suspeito de ter fixado uma fiança com valor quase insignificante (R$ 50) em um caso em que o filho dele, que é advogado, atuou. Neste caso, de acordo com as investigações, teria sido o próprio filho do delegado quem decidiu o valor da fiança.
Outra suspeita diz respeito ao recebimento de vantagem em negociação ilícita na delegacia, com apropriação de eletrodomésticos em uma ocorrência de crime contra o patrimônio. Na ocasião, o delegado teria ficado com os produtos, pagando quantia muito abaixo do mercado para a vítima e determinando aos acusados a apuração do restante da quantia para ressarcir a vítima. Em seguida, Getúlio teria arquivado o caso na delegacia, informando às partes que esse era um procedimento que ele adotava chamado de “polícia comunitária” - que consistia em resolver rapidamente os inquéritos na própria DP sem a necessidade de o caso ir à Justiça.
Ainda de acordo com as determinações, o delegado deve atender a recolhimento domiciliar noturno e aos finais de semana. Além disso, deve se apresentar mensalmente ao juízo e está proibido de mudar de endereço sem autorização judicial - tudo sob pena de decretação de prisão preventiva em caso de descumprimento.
Operação Coiteiros
Getúlio Medeiros é suspeito de não ter feito a lavratura de flagrante delito contra um suspeito que teve a prisão decretada na operação Coiteiros, realizada pelo Ministério Público no dia 25 de fevereiro em cinco cidades da região Seridó e em uma da Grande Natal. O suspeito detido, segundo a polícia, é apontado como autor de homicídios e seria o braço operacional da organização criminosa denunciada pelo MP. Segundo o juiz, o preso foi conduzido à sede da delegacia regional por um agente da Polícia Civil e uma equipe de policiais militares, com todos os elementos jurídicos necessários para lavratura da sua prisão em flagrante por ter assassinado o próprio pai, fato ocorrido no dia 7 de setembro de 2012 na cidade de Jucurutu, também no Seridó.
Contudo, de acordo com o Ministério Público, o delegado não lavrou o flagrante e ainda liberou o suspeito, apenas colhendo o depoimento dele. O advogado do suspeito, ainda segundo o MP, é filho de Getúlio. Após a liberação, o preso teve prisão preventiva decretada, mas já estava foragido.
Apropriação de fianças e negociações ilícitas
O delegado Getúlio também é suspeito de crimes de peculato por apropriar-se de três fianças, uma delas integralmente. Em outros casos, segundo o MP, o delegado informava aos cidadãos flagranteados a fixação de um valor, mas, no papel consignava um valor menor e apropriava-se da diferença. Getúlio José ainda é suspeito de ter fixado uma fiança com valor quase insignificante (R$ 50) em um caso em que o filho dele, que é advogado, atuou. Neste caso, de acordo com as investigações, teria sido o próprio filho do delegado quem decidiu o valor da fiança.
Outra suspeita diz respeito ao recebimento de vantagem em negociação ilícita na delegacia, com apropriação de eletrodomésticos em uma ocorrência de crime contra o patrimônio. Na ocasião, o delegado teria ficado com os produtos, pagando quantia muito abaixo do mercado para a vítima e determinando aos acusados a apuração do restante da quantia para ressarcir a vítima. Em seguida, Getúlio teria arquivado o caso na delegacia, informando às partes que esse era um procedimento que ele adotava chamado de “polícia comunitária” - que consistia em resolver rapidamente os inquéritos na própria DP sem a necessidade de o caso ir à Justiça.
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