RN é o 2º pior na atração de médicos
*Sara Vasconcelos - Repórter - Tribuna do Norte
Ambulatórios
ociosos, equipados com infraestrutura básica, instalados em cidades
pequenas, afastadas dos grandes centros e à espera de reforço médico. A
cena é corriqueira em boa parte dos municípios do interior do Estado.
Apesar da oferta de salário líquido de R$ 8 mil e de jornada de trabalho
reduzida (32h), o Programa de Valorização do Atenção Básica - que busca
captar profissionais para a rede básica de saúde, sobretudo no interior
- tropeça, de acordo com representantes da categoria médica, em algumas
“fragilidades” que compromete a eficácia. O resultado é a baixa
atratividade.
O
RN é o segundo estado da região Nordeste com a pior captação de médicos
no Provab 2013 - 39%, atrás somente do Maranhão. Das 81 cidades
potiguares que solicitaram os profissionais esse ano, 46 foram
atendidas, ou seja, 61% permanecem sem atrair médicos. O desempenho,
entretanto, é melhor do que a convocação de 2012, quando o Provab foi
lançado – adesão de apenas seis médicos para dois municípios.
Contratar
recém-formados pode não surtir o efeito desejado, alerta o presidente
do Sindicato dos Médicos Geraldo Ferreira. “Entregar a saúde da cidade
para quem acabou de sair da faculdade, por prazo curto e definido, e sem
as condições de trabalho necessárias e um médico de carreira orientando
não resolve a questão”.
O
programa é destinado a médicos que estão saindo das universidades e
ganham, para atuar na rede básica, bolsa de especialização em Saúde da
Família (R$ 8 mil) e pontuação adicional de 10% nos exames de residência
médica.
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