MP investiga caso de trabalho escravo envolvendo Lojas Americanas
Vanessa Stecanella, da Agência Estado
O
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e o Ministério Público do
Trabalho (MPT) informaram nesta terça-feira, 19, que vão apurar a
responsabilidade das Lojas Americanas no caso de cinco bolivianos
flagrados em condições análogas às de escravos em uma oficina de costura
em Americana (SP). De acordo com fiscais do MTE e procuradores do MPT,
os trabalhadores costuravam peças de vestuário infantil diretamente para
a empresa HippyChick Moda Infantil Ltda., também de Americana. A única
cliente da empresa seria a rede varejista Lojas Americanas, segundo o
MPT.
Em
nota, o MPT afirma que as roupas eram postas à venda nas Lojas
Americanas, com a etiqueta "Basic+ Kids". A rede varejista possui o
registro da marca no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI)
desde fevereiro de 2006, conforme consta do site da entidade na
internet. A fiscalização do trabalho encontrou na oficina "peças piloto"
(modelo do vestuário que é reproduzido pelos costureiros) e etiquetas
da marca.
Procurada,
a Lojas Americanas informou, por meio de nota à imprensa, que repudia
qualquer tipo de trabalho realizado em condições degradantes, e que
desconhecia o que foi verificado pelo Ministério Público do Trabalho. "A
Lojas Americanas informa ainda que cancelou as atuais relações
comerciais com o fornecedor Hippychick", diz a nota.
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