Litoral do Ceará abriga embarcações naufragadas desde a época da Segunda Guerra Mundial

Além da contribuição ao patrimônio histórico, as carcaças afundadas servem como recifes artificiais para a vida marinha — Foto: Arquivo Pessoal/Ruver Bandeira

O fundo do mar guarda, além de inúmeros mistérios e incertezas, vestígios da História brasileira. Entre eles, barcos, navios e até aviões que naufragaram décadas ou séculos atrás. Pesquisadores cearenses contabilizam que há, aproximadamente, uma centena de estruturas afundadas nos mares do estado do Ceará.
Uma das embarcações, o “Naufrágio do Pecém”, nome dado ao navio “Steamer Ship (navio a vapor, em português) Baron Dechmont” após a submersão, encontra-se nas profundezas do mar da Praia do Pecém, no litoral cearense, desde a Segunda Guerra Mundial.
A embarcação de origem britânica foi desenvolvida durante o conflito internacional, com o objetivo de ser um navio mercante, mas com possibilidade bélica de defesa. Contudo, em 3 de janeiro de 1943, foi derrubada por um algoz famoso: o U-507 (Unterseeboot-507), submarino alemão enviado à costa brasileira para pressionar o Brasil a tomar uma posição na guerra.
“Durante a Guerra, existia uma operação dos alemães para impossibilitar o intercâmbio de abastecimento das tropas. Então, cerca de 13 submarinos atuaram na costa brasileira (em grande maioria alemães mas também italianos). Eles afundavam os navios mercantes que abasteciam as tropas que estavam em guerra”, comenta o pesquisador Augusto Bastos.

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