Prefeitura Municipal de Tibau através da Secretaria de Turismo realizará aulas sobre a tipologia artesanal com Renda de Bilro


Prefeitura Municipal de Tibau com apoio da Secretaria Municipal do Turismo convida às pessoas interessadas em aprenderem a tipologia artesanal com RENDA DE BILRO , que a partir do dia 9 de março do corrente ano estará iniciando um curso para a referida profissão.

As aulas serão às sextas, sábados e domingos, na CASA DO ARTESÃO, com duas horas de aula por dia.
As aulas serão gratuitas e ministradas pela experiente artesã Nazirene.

Para mais informações deverão ligar para o número (84) 9 9209-5162, falar com o Secretario de Turismo, Milton Guedes.

 A origem
                  A renda é uma forma de artesanato que surgiu no fim da Idade Média, sobretudo na França, Itália, Inglaterra e Alemanha. Chegou ao Brasil no século XVIII, através das famílias portuguesas colonizadoras, de quem herdamos todas as técnicas de produção em fibras de algodão. Era um ofício praticado pelas moças de fino trato, mas que foi reivindicado pelo povo brasileiro, sendo fortemente introduzido na cultura nordestina, principalmente no Ceará, e conservado até os dias de hoje.
                  Foi por volta de 1750 que a Europa começou a receber as primeiras rendas produzidas pelas mãos das rendeiras cearenses. Naquela época, a fama da beleza e qualidade correu todo o mundo, e hoje é um produto reconhecido em todo o território brasileiro e exportado para muitos países, recebendo incentivos e investimentos para continuar crescendo. São mais de dois séculos de tradição dessas rendeiras que de forma tão natural produzem esses artigos de rara beleza.

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A Renda de Bilros
                   A renda de bilro é a mais rara, pois são poucas as rendeiras que ainda trabalham com este tipo de técnica hoje em dia. No alto de uma almofada, em formato de capacete, são fixados os fios que recebem em suas pontas os bilros – pequenas peças de madeira que facilitam o trançar. A rendeira fixa o desenho a ser tecido na almofada e os locais a serem contornados pelos fios são modelados com alfinetes. Feito isso, ela vai entrelaçando os bilros até todo o desenho aparecer em forma de renda. Este processo está praticamente extinto em diversas cidades nordestinas, que atualmente produzem apenas a renda de agulha.
                   Uma diferença básica entre os processos de fabricação da renda de bilro e da renda de agulha é que enquanto a primeira é confeccionada em diversas cores, a renda de agulha é predominantemente branca. Antigamente era possível encontrar trabalhos em cor preta e rosada e, hoje, algumas peças são feitas em cor bege, mas é incomum.
                    De tanto sucesso e reconhecimento, as rendeiras, há tempos, fazem parte do folclore e da cultura nacionais, estando presente em histórias e canções.

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