Empresário do RN é condenado por falsidade ideológica na Operação Salt

Edvaldo Fagundes de Albuquerque é apontado como o principal suspeito do processo

Retirada da Net.

O empresário Edvaldo Fagundes de Albuquerque, diretor do Grupo Líder, foi condenado junto com outras 11 pessoas pelo crime de falsidade ideológica. A condenação é resultado da investigação que resultou Operação Salt, deflagrada em 2013. A sentença foi proferida pelo juiz federal Orlan Donato Rocha, titular da 8ª Vara Federal no Rio Grande do Norte.
Edvaldo Fagundes de Albuquerque é o principal suspeito do processo, e foi condenado a 21 anos de prisão. Por telefone, ele disse que ainda vai se inteirar da decisão.
“Ao produzir documento ideologicamente falso, cria-se uma aparência destoante da realidade da gerência empresarial. Essa simulação opera perante instituições financeiras, autoridades fazendárias, entre outros para se ocultarem de sua responsabilidade. Por meio da utilização de sócios 'laranjas', cria-se uma aparência desvirtuada da efetiva gerência da empresa, como um 'teatro' para cometer delitos fiscais, enganando a Administração Pública”, escreveu o magistrado na sentença.
Segundo a assessoria de comunicação da JFRN, no esquema, agora condenado pela Justiça, foram usados "laranjas'', para ocultar os reais sócios e patrimônio, com o objetivo de burlar o Fisco. O juiz Orlan Rocha chama atenção também para as empresas fantasmas constituídas pelo grupo. “A Diamante Cristal se trata de empresa de fachada, porquanto no endereço indicado não consta nenhuma outra empresa a não ser a Henrique Lage Salineira, nem sequer a indicação por meio de placa”, cita.
Um outro fato relatado na sentença é o caso da Refinassal Indústria de Refinação de Sal Ltda. Criada em 1993, a empresa teve o quadro societário alterado em 2009, ainda de acordo com a assessoria da JF. Mas o Juiz Federal considerou procedente a acusação de que os sócios eram inverídicos e o real dono é Edvaldo Fagundes de Albuquerque.
A sentença do Juiz Federal Orlan Donato, com 84 páginas, absolveu outras cinco pessoas.
G1/RN

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