
A guerra dentro dos presídios e cadeias do Rio Grande do Norte. Na
noite deste sábado, 10, o preso Joel Rodrigues da Silva, o Joel
Mosquito, considerado líder do Primeiro Comando da Capital no Rio Grande
do Norte e peça chave na operação do Ministério Público Estadual que
terminou com 14 policiais militares presos, foi encontrado morto na
cadeia pública da zona norte de Natal.

Joel
Mosquito foi principal alvo na Operação Citronela, que desarticulou no
dia 25/09 uma organização criminosa, suspeita de tráfico de drogas e
inúmeros homicídios na região Norte da capital. E desta operação se desmembrou a operação Novos Rumos no dia 29/09, que resultou com a prisão de 12 PMs e depois o MPE denunciou 14 a Justiça.
Na Operação Citronela, os policiais detectaram patrimônio superior a 1
milhão do Joel Mosquito e forte influência dele em várias camadas no
meio crime e também na comunidade. Na Operação Novos Rumos, os
promotores de Justiça descobriram que policiais militares estavam recebendo drogas, queijos e até galinhas como propina para soltar criminosos.
Sobre a morte de Joel Rodrigues, a Polícia Civil vai investigar se se
trata de mais uma morte na guerra de facções dentro dos presídios do
Rio Grande do Norte que começou a partir da chacina ocorrida dentro da
Cadeia Pública de Caraúbas, que se espalhou para várias outras
instituições penais do Rio Grande do Norte rapidamente.
Na ocasião de Caraúbas, os
presos do Primeiro Comando da Capital mataram quatro membros do
Sindicato do RN e escreveram com sangue dos mortos na parede PCC1533.
Depois ocorreram espancamentos em Mossoró, várias mortes em Caicó e
também nos presídios da Grande Natal, todos com uma relação muito
próxima ao primeiro ocorrido.
Diante do caos no sistema prisional do Rio Grande do Norte, o clima
de tensão aumentou com a morte de Joel Mosquito, considerando que é
quase certa a reação dos membros do PCC nas unidades prisionais do
Estado e também nas ruas.
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