Ex-Secretária de Saúde e Empresário Mossoroense são indiciados em Inquérito Policial por fraudes no Fornecimento de Medicamentos à Prefeitura de Mossoró
As autoridades policiais José Vieira de Castro, titular da Delegacia
Especializada em Falsificações e Defraudações de Mossoró (DEFD), e Fábio
Montanha, titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil, concluíram o
Inquérito Policial nº 036/2014-DEFD, que apurava irregularidades na
aquisição de medicamentos do tipo insulina pela Prefeitura de Mossoró,
sendo indiciados o fornecedor Fábio Pinto de Lima, 33 anos, proprietário
da Drogaria Mossoró, e a ex-gestora da Secretaria de Saúde Jacqueline
de Souza Amaral, 54 anos, pelo crime previsto no artigo 96, inciso IV,
da Lei nº 8.666/96 (Fraude à Licitação).
Segundo as investigações feitas pela Polícia Civil, a ex-secretária de
saúde teria entabulado uma negociação com o fornecedor de medicamentos
para que o mesmo apresentasse proposta de preço impraticável, bem abaixo
do valor de mercado,
para fins de sair vencedor em licitação de pregão realizado pela
prefeitura de Mossoró e assim continuar vinculado ao Município, haja
vista que era credor de uma dívida passada pelo fornecimento de
medicamentos ainda não pagos e, logo, poderia pressionar o ente
federativo municipal para quitar o débito contraído.
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Bels. José Vieira e Fábio Montanha Delegados de Polícia Civil |
Averiguou-se, pois, que o fornecedor saldaria gradativamente essa dívida
com o fornecimento de medicamentos todavia em quantidade menor do que a
discriminada nas faturas cobradas perante o financeiro da Secretaria de
Saúde, recebendo o valor contratado como forma de abater o crédito
que detinha contra o município.
As investigações se iniciaram com base em um parecer técnico apresentado
por uma equipe de auditores que constataram algumas irregularidades no
fornecimento de medicamentos pela empresa Drogaria Mossoró, dentre elas,
a de que foi licitado a insulina juntamente com a caneta injetora,
porém foi constatado que o fornecedor somente estava entregando o refil
do medicamente, o que segundo os auditores baratearia o custo do
medicamento, porém o fornecedor cobrava o mesmo preço como se estive
entregando-o na sua integralidade. Ao final da auditoria, concluiu-se
que houve um prejuízo para o erário público municipal.O inquérito
Policial foi instruído com base no parecer final da auditoria, perícia
documental, termos de depoimentos de testemunhas e de funcionários
envolvidos no certamente licitatório, bem como interrogatório dos
investigados, tendo sido cópia encaminhada à Promotoria do Patrimônio
Público desta Comarca, para outras providências cabíveis.
passando na hora
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