Em foto, ex-diretor preso da Petrobras escreve nas costas de Dilma

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Com o macacão autografado por Dilma, Paulo Roberto deixa sua assinatura nas costas dela, sob os olhares de Graça Foster e Sérgio Gabrielli
POR EDUARDO MILITÃO E EDSON SARDINHA - Congresso Em Foco
Uma foto da "cerimônia de batismo" da plataforma de petróleo P-56 mostra, numa mesma cena, a presidente Dilma Rousseff, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa – preso pela Polícia Federal e indiciado por organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica –, o então presidente da estatal José Sérgio Gabrielli e a atual comandante da companhia, Maria das Graças Foster. Junto com o ex-diretor da área internacional da empresa Nestor Cerveró, eles viraram os principais alvos da oposição na crise que atinge hoje a estatal.
A imagem, registrada pelo fotógrafo oficial da Presidência da República, Roberto Stuckert Filho, exibe Paulo Roberto com o macacão já autografado por Dilma. Naquele momento, ele escreve seu nome nas costas da presidenta, assim como fizeram várias pessoas naquela cerimônia de 3 de junho de 2011, em Angra dos Reis (RJ). Ao mesmo tempo, Dilma assina o seu nome no uniforme laranja de Gabrielli, o então presidente da Petrobras. A cena é observada pela hoje presidente Graça Foster, à época diretora de Gás e Energia da estatal.
A Polícia Federal prendeu Paulo Roberto Costa na Operação Lava Jato. Ele é acusado de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, um dos quatro corretores suspeitos de terem lavado R$ 10 bilhões nos últimos quatro anos. Para a PF, Paulo Roberto Costa usava suas empresas e sua relação com Youssef para obter contratos na Petrobras. Um dos focos de atuação da polícia é a empresa Ecoglobal. Um contrato entre empresas de Paulo Roberto e Youssef condicionava a compra da Ecoglobal se ela fechasse um contrato com a Petrobras.

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