Setor eólico do RN cria sindicato para ajudar a superar gargalos



Cezar Alves/editor
Gigantes no setor de energia, como Petrobras, Wobben, Eletrobrás, CPFL Renováveis, entre outros fundaram um sindicato para realizar um diagnóstico do setor no Rio Grande do Norte e, assim buscar tranquilizar os investidores. A informação é da Tribuna do Norte.
A criação do Sindicato das Empresas do Setor Energético do Rio Grande do Norte (SEERN) veio depois que o Rio Grande do Norte habilitou 71 projetos no último leilão de energia eólica realizado pelo Governo Federal e não tendo emplacado nenhum.
Para Jean Paul Prates, presidente do recém lançado sindicato, o atraso na instalação das linhas de transmissão por parte da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) para escoar a energia gerada é o principal gargalo para o setor eólico no Rio Grande do Norte.
Entretanto, Jean Paul Prates destacou outro detalhe que também considerada importante: o fato do Rio Grande do Norte não ter um porto de grande porte para receber as pás e usinas eólicas, ou até mesmo para atrair o setor industrial eólico para se instalar no RN.
Se referindo diretamente ao leilão realizado semana passada e que o RN não conseguiu emplacar nenhum projeto dos 71 habilitados, Jean Paul prefere afirmar em entrevista a Tribuna do Norte que houve um “cochilo” do governo do Estado.
Ele lembrou que o Estado da Bahia também atrasou e muito na instalação das linhas de transmissão, mas como o governo Jacques Vagner correu atrás dos investimentos, ficou com a maior fatia do leilão realizado semana passada em Brasília.
Para o Rio Grande do Norte, Jean Paul se mostra otimista com relação ao próximo leilão, que diferentemente deste que foi realizado semana passada pelo Governo Federal, prevê a instalação do parque eólico num prazo de cinco anos e não três, que foi o caso.
Ainda conforme Jean Paulo, o Governo do RN precisa acordar do cochilo e dá mais atenção ao setor eólico, pois se trata de um investimento de R$ 10 bilhões. Esta será uma das missões do SEERN. “Vamos conversar com os empresários e saber o que houve e procurar soluções”, diz.

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