
Luis Roberto disse que frustrações sucessivas impedem a execução do planejado Foto: Divulgação
O
Ministério Público do RN deve apurar denúncia de não cumprimento por
parte do governo do Estado de repasses previstos no setor de saúde para
os municípios potiguares. São os recursos do Programa de Assistência
Farmacêutica, que o governo do Estado está deixando de repassar para as
167 prefeituras, o que gerou reação dos prefeitos.
Através
do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) e a Federação
dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), os prefeitos denunciaram
o governo estadual em busca de uma dívida do Estado para com as
prefeituras no valor de R$ 60 milhões. O programa afetado distribui
medicamentos para a população e o não repasse está acarretando problemas
nos mais diversos municípios, que não conseguem distribuir remédios.
A
Secretaria Estadual de Saúde, entretanto, não reconhece o montante
total da dívida alegada pelos prefeitos, mas apenas metade dela. Ao
todo, o governo deveria repassar para as prefeituras de R$ 600 a R$ 700
mil por mês. Segundo o secretário de Saúde, contudo, o Estado está
tentando regularizar este pagamento. Quanto ao valor devido, o governo
irá esperar a abertura do orçamento, em fevereiro de 2014, para negociar
o pagamento dos débitos anteriores.
A
desculpa para o não repasse do programa é que o Estado está em
dificuldades devido à queda de arrecadação. A recuperação lenta da
receita de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e
de FPE (Fundo de Participação dos Municípios) é apontada oficialmente
pela Secretaria de Saúde Pública também como fator agravante da crise
financeira.
Em
declarações à imprensa, o secretário estadual de Saúde, Luis Roberto
Fonseca, disse que as frustrações sucessivas impedem a execução do que
está planejado. "Tudo o que tínhamos planejado executar com esses
recursos tem tido frustrações", salienta, informando que as negociações
para resolver o problema dessa dívida vêm acontecendo desde junho, mas
só agora a Secretaria encontrou condições para retomar o repasse dos
recursos.
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