Ligia Formenti, Paulo Saldaña e Bruno Marques - O Estado de S.Paulo
Sem
incidentes graves, a maior edição do Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem), que ocorreu no fim de semana, foi também a que registrou recorde
no número de faltosos. Dos 7,1 milhões de inscritos, mais de 2 milhões
(29%) não compareceram na prova, segundo dados preliminares do
Ministério da Educação (MEC). O índice representa prejuízo estimado em
R$ 103 milhões, com base no custo por inscrito.
A
taxa de abstenção cresceu em relação a 2012, quando 1,6 milhão de
inscritos (27,9%) faltaram. O índice projetado pelo MEC neste ano só é
menor do que o registrado em 2009, quando 37,7% não compareceram -
naquele ano, entretanto, o exame havia sido remarcado, depois do
vazamento da prova, o que prejudicou a participação.
Em
2011, a média de faltas foi de 26,4% e, em 2010, de 28%. O MEC chegou a
anunciar que criaria medidas para inibir faltosos, mas recuou. Em
vestibulares tradicionais, a abstenção fica em torno de 10%.
Apesar
dos faltosos, cerca de 5 milhões de estudantes participaram das provas,
um aumento de 20% em relação ao ano anterior. Para o ministro Aloizio
Mercadante, o Enem foi tranquilo. "Tivemos algumas ocorrências, mas nada
que mereça destaque", disse ele. "Agora começa a nova fase, que é a
correção das provas. Tomamos medidas para aumentar o rigor", disse. O
gabarito oficial será divulgado na quarta-feira. Os resultados serão
apresentados no início de janeiro.
Comentários
Postar um comentário