Hecatombe: Suspeitos de integrar grupo de extermínio no RN são soltos pela justiça

Operação foi deflagrada no dia 6 deste mês (Foto: Divulgação/PF)

Cinco presos pela Polícia Federal durante a Operação Hecatombe, suspeitos de integrarem um suposto grupo de extermínio foram soltos nesta terça-feira (28) pela Justiça do Rio Grande do Norte. O suposto grupo é suspeito de ter matado mais de 20 pessoas no RN.

De acordo com a juíza Denise Léa Sacramento Aquino, titular da comarca de São Gonçalo do Amarante, os suspeitos foram libertados porque já haviam cumprido o prazo de prisão temporária. Outra ponto alegado pela juíza é o fato de os suspeitos não terem sido apontados como participantes diretos dos assassinatos, mas sim por formação de milícia particular.

A Operação Hecatombe foi deflagrada no último dia 6 deste mês. Ao todo, foram cumpridos 22 mandados de prisão, 9 mandados de condução coercitiva e 32 mandados de busca e apreensão nos municípios de Natal, São Gonçalo do Amarante, Parnamirim e Cerro-Corá. Também participam da operação trinta policiais do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal, o COT, especializado em operações de alto risco.

Durante a investigação, foram encontradas provas do envolvimento do grupo de extermínio em vinte e dois homicídios consumados e em outras cinco tentativas de assassinato. Os motivos das execuções eram os mais variados e iam desde crimes encomendados por terceiros, mediante pagamento de quantias em dinheiro, disputas pelo controle de pontos de venda de drogas, meras brigas e discussões até a queima de arquivo com a eliminação das testemunhas dos crimes perpetrados pela quadrilha.

Alguns dos investigados possuem antecedentes por homicídio, sendo que um dos integrantes do grupo já foi preso em posse de diversas armas de fogo, supostamente utilizadas nos assassinatos.

Todos responderão por crimes de homicídio qualificado praticado por grupos de extermínio e constituição de grupo de extermínio. As penas máximas dos crimes cometidos pelos principais integrantes do grupo podem chegar a 395 anos de prisão. A Operação contou com o apoio da Coordenação de Inteligência da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social do RN.
 
Fonte: Portal no Ar

Comentários