400 cubanos chegaram ao Brasil por meio de termo de cooperação.
Grupo passará por capacitação durante 21 dias, em Fortaleza.
Médicos cubanos desembarcam no aeroporto de Fortaleza (Foto: Ministério da Saúde/Divulgação)
Um grupo de médicos cubanos que vai trabalhar no Brasil, por meio de
acordo entre o ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de
Saúde (Opas), dentro do programa Mais Médicos, desembarcou por volta das
16 horas deste domingo (25) em Fortaleza, no Ceará.
O voo fretado pelo governo cubano traz 194 médicos. Setenta e nove
deles ficam em Fortaleza e os demais seguem para Salvador (BA) e Recife
(PE). Os medicos ficarão hospedados em alojamentos do Exército
Brasileiro enquanto durar o período de capacitação e a transferência
para os municípios onde irão atuar."Espero que o governo providencie condições de
trabalho'', disse Hernandez, um dos médicos
(Foto: Veronica Prado/G1)
Este é o segundo grupo de cubanos a desembarcar no país neste fim de semana. No começo da tarde deste sábado (24), o primeiro grupo, com 206 profissionais, chegou ao Recife, em Penambuco, em escala de voo com destino a Brasília (DF). Trinta deles ficaram na capital pernambucana e o restante seguiu para a capital federal. Com o desembarque deste domingo, o número de médicos cubanos que desembarcaram no Brasil soma 400 profissionais.
De acordo com o Secretário de Gestão Estratégica do Ministério da Saude, Odorico Monteiro, os médicos cubanos e os de outros países que vierem trabalhar no Brasil, receberão um registro provisório do Conselho Regional de Medicina (CRM-CE). "Esses médicos trabalharão exclusivamente nas unidades de atenção básica de saúde. Isso signfica que eles não vão poder realizar nenhum procedimento cirúrgico - mesmo que seja obstetrícia - aplicar anestesia e nem dar plantão em qualquer unidade de saúde, seja pública ou privada". Com o desembarque deste domingo, o número de médicos cubanos que chegaram ao Brasil soma 400 profissionais.
Integrantes de movimentos sociais recepcionaram os médicos no saguão do aeroporto Pinto Martins com cartazes que diziam ''#cubasim'', ''Bem-vindos companheiros'' e ''Viva a solidariedade''.
Movimentos sociais recepcionam médicos cubanos
(Foto: Verônica Prado/G1)
A partir desta terça-feira (27), os médicos passarão por um capacitação
sobre o funcionamento do sistema de saúde brasileiro, procedimentos
legais, protoclos clínicos. além disso, os médicos serão avaliados em
língua portuguesa e atuação clínica. Durante os 21 dias de capacitação,
os médicos serão avaliados e haverá a definição das cidades - entre os
estados do Ceará, Piauí, Maranhão e Rio Grtande do Norte. Eles devem
estar lotadas na unidades básicas de saúde em 16 de setembro. "Mesmo
depois que eles estiverem trabalhando, continuarão a ser avaliados. No
Ceará, o acompanhamento do trabalho dos médicos será feito pela
Universidade Federal do Ceará (UFC) e Escola de Saúde Pública (ESP),
explica Odorico Monteiro.(Foto: Verônica Prado/G1)
Convênio
Na primeira etapa do convênio com Cuba, 400 profissionais virão para o Brasil, segundo o ministério. Eles serão alocados em parte dos 701 municípios que não foram escolhidos por nenhum dos profissionais brasileiros ou estrangeiros aprovados na primeira fase do programa Mais Médicos, destinado a levar profissionais de medicina para cidades carentes de assistência no interior do país. Desses 701 municípios, 84% estão nas regiões Norte e Nordeste.
Até o final do ano, outros 3.600 médicos cubanos devem chegar ao Brasil para atuar pelo Programa Mais Médicos, completando um total de 4 mil profissionais de Cuba para atuar na iniciativa por meio de um termo de cooperação assinado entre o Ministério da Saúde brasileiro com a Opas para as vagas que não foram escolhidas por brasileiros e estrangeiros.
A maioria dos 701 municípios que não despertaram o interesse de nenhum profissional (68%) apresenta os piores índices de desenvolvimento humano do país - IDH muito baixo e baixo, segundo PNUD - e 84% estão no interior do Norte e Nordeste em regiões com 20% ou mais de sua população vivendo em situação de extrema pobreza.
Do G1 CE
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