Missão de empresários chilenos está em Mossoró para conhecer cadeia produtiva do melão e melancia

Missão se reuniu com técnicos na Ufersa - Eduardo MendonçaMissão se reuniu com técnicos na Ufersa - Eduardo MendonçaUma missão chilena está em Mossoró desde o dia 14 para analisar a viabilidade do consumo do melão e melancia produzidos nos estados do Rio Grande do Norte e Ceará por parte da população chilena. Ontem, a missão se reuniu com técnicos da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), do Comitê Executivo de Fitossanidade do RN (Coex), do Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do RN (Idiarn) e do Ministério da Agricultura.
A missão é formada por técnicos do Serviço de Agricultura do Chile para conhecer a cadeia produtiva do melão e da melancia nessa região do semiárido nordestino. O reconhecimento da Área Livre de Pragas é um ponto positivo para exportação e a expectativa mais otimista é de que a primeira remessa seja feita ainda nesse segundo semestre.
"A visita dessa missão é de grande importância para a fruticultura irrigada uma vez que possibilitará um avanço nas exportações para o Chile", afirma o reitor da Ufersa, professor José de Arimatéa de Matos.
Segundo o presidente do Coex, Luiz Roberto Barcelos, a região tem capacidade para exportar entre 200 e 300 toneladas de melão para o Chile e a conquista de novos mercados é uma saída para se manter o nível de exportação afetada pela crise vivenciada pela Europa. Atualmente, o RN e o Ceará exportam mais de 8 mil toneladas, entre melão e melancia, para os Estados Unidos e Europa.
Os chilenos tomaram conhecimento sobre a história da fruticultura irrigada da região através da autorização para exportação obtida junto aos países europeus e americanos, além de um vídeo produzido pela Ufersa e o trabalho de controle realizado pelo Idiarn. "Temos mais de 8,5 mil quilômetros de área livre da mosca da fruta e somos responsáveis pela emissão da Certificação Fitossanitária de Origem", explica Magno Lacerda, chefe de gabinete do Idiarn.
Representante do Ministério da Agricultura, Roberto Papa também destacou a importância da fruticultura para o Estado. "A nossa Área Livre de Pragas é a nossa principal grife", argumenta. Para ele, o primeiro passo foi dado com o interesse comercial do Chile no melão e na melancia produzidos na região do semiárido. "Agora, cabe aos dois governos os acertos para se iniciar a exportação das frutas", destaca.
OMOSSOROENSE

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