Governadora Rosalba não tem dinheiro para
pagar folha de julho dos servidores
Por: Alex Viana - Jornal de Hoje
O governo do Estado do Rio Grande do Norte faliu. Essa é a expressão mais exata para dimensionar o tamanho do problema financeiro enfrentado pela governadora Rosalba Ciarlini (DEM), com impacto direto no bolso dos mais de 100 mil servidores do Estado e problemas de relacionamento com os poderes Legislativo e Judiciário, que estão sendo chamados por Rosalba para colaborar. A ideia do governo, para fechar a folha de julho, é não repassar integralmente o duodécimo do Tribunal de Justiça, da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Contas e do Ministério Público.
Outro ponto analisado pelo Governo é escalonar o pagamento dos servidores públicos, de forma a esperar pelas parcelas do FPE, que são depositadas nos dias 10, 20 e 30 de cada mês. A folha salarial do estado é R$ 310 milhões, entre ativos, pensionistas e obrigações patronais. O Governo Rosalba Ciarlini estaria com déficit de cerca de R$ 100 mil para cobrir integralmente a folha do funcionalismo.
Uma reunião com os representantes de poderes estava agendada para a tarde desta sexta-feira. Rosalba já teria conversado com o presidente da Assembleia Legislativa, Ricardo Motta (PMN), a respeito da quebradeira financeira do Estado, e este teria "compreendido" as dificuldades financeiras do Governo. O procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis Lima, também já teria sido alertado pela governadora. O encontro de hoje à tarde contaria com a presença do presidente do TJ, desembargador Aderson Silvino, junto com equipe técnica da Secretaria de Planejamento e Finanças.
Em entrevista ao Jornal de Hoje, o secretário Alber Nóbrega não abordou o assunto diretamente, mas ressaltou que a partir de agosto o Estado tomará medidas junto à folha de pagamento do Estado, através de uma espécie de auditoria, visando cortar possíveis gastos ilegais. O procurador-geral do Estado, Miguel Josino, disse hoje em entrevista à imprensa que é imprescindível reajustar, a menor, o salário dos funcionários que recebem acima do teto salarial estadual, que é o vencimento do desembargador, pouco mais de R$ 25 mil. Há casos de servidores que recebem acima dos R$ 60 mil.
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