Cavalgada no RN comemora chegada dos festejos juninos

Sertanejos fazem viagem de três dias pelo interior do Estado.
Caravana saiu do Museu do Vaqueiro com destino a Santa Cruz..

Um grupo de potiguares está comemorando a chegada dos festejos juninos com uma cavalgada de três dias pelo interior do estado. A caravana que, saiu na última quinta-feira (30) do Museu do Vaqueiro, em São José de Mipibu, na Grande Natal, com destino ao santuário de Santa Rita de Cássia, localizado no município de Santa Cruz, região do Trairi do Rio Grande do Norte. Os sertanejos aproveitam o momento de fé para pedir mais chuva para o Nordete.
Assista ao lado matéria exibida no Bom Dia RN desta sexta-feira (31). 
Os sertanejos seguem a viagem festejando por onde passam, lembrando quem mais cantou e encantou o povo do sertão. “Vamos lembrar de Luiz Gonzaga, Patativa do Assaré, Jacson do Pandeiro, Elino Julião e de outros tantos nordestinos que deram nome e valor à sua terra, o Nordeste deste país”, explicou o sanfoneiro Marcos Lopes, um dos organizadores da cavalgada.
O destino da caravana, o santuário de Santa Rita de cássia, fica a quase 200 quilômetros de Natal. Eles sempre comemoram com festa cada parada em vilas e fazendas da região. “Viva a São João, viva a São Pedro, viva a Santo Antônio”, diz um dos participantes da caravana.
Os animais que agora contam os pastos verdes há pouco tempo sofriam com a pior seca dos últimos 30 anos. A terra molhada traz a fartura de volta ao campo e à mesa. Mas é um alívio que ainda não tranquiliza quem vive no sertão. O forró em frente à igreja anuncia a chegada das festas em homenagem a Santo Antônio, São João e São Pedro, mas também a hora de rezar e de pedir socorro. Os sertanejos precisam de mais chuva para abastecer o Nordeste.
O clássico Ave Maria Sertaneja, gravado por Luiz Gonzaga há quase quatro décadas, continua fortalecendo a fé do povo do sertão. “Vai chover, se Deus quiser, para nós tomarmos bastante banho de chuva, plantando, trabalhando, limpando mato”, disse a agricultora Maria José da Silva.

Comentários