Agentes penitenciários do RN paralisam atividades nesta quarta
Protesto de 24 horas ocorre por veto de porte de arma fora do estado.
Categoria também reclama de falta de segurança.
Agentes penitenciários do RN fazem paralisação de advertência nesta quarta-feira (Foto: Ricardo Araújo/G1)
Os agentes penitenciários do Rio Grande do Norte
anunciaram que irão paralisar as atividades durante toda esta
quarta-feira (30). De acordo com a assessoria de imprensa do Sindicato
dos Agentes Penitenciários do RN (Sindasp-RN), a paralisação faz parte
de um movimento nacional realizado por agentes estaduais e federais.
Segundo a presidente do Sindasp, Vilma Batista, o protesto se dá pelas
más condições de trabalho da categoria e pelo veto da presidenta Dilma
Rousseff ao Projeto de Lei 87/2011, que diz respeito ao porte de arma
integral para agentes penitenciários.A sindicalista explicou que o Projeto de Lei permite o uso de arma por parte dos agentes em qualquer localidade do país. Hoje, eles só podem usar dentro do estado em que são registrados. “Assim poderíamos garantir a nossa segurança”, argumentou.
Ainda de acordo com Vilma Batista, outro problema que vem sendo enfrentado pela categoria é o alto índice de mortes de agentes no Brasil. “Foram 2.010 homens perdidos nos últimos sete anos em todo o país”, afirmou a presidente do Sindasp-RN.
Vilma disse que as organizações que representam a categoria tentam uma resposta do Ministério da Justiça para a falta de segurança, mas não têm obtido êxito. “Os sistemas penitenciários estaduais estão como estão por falta de fiscalização do Ministério da Justiça”, criticou.
O protesto, de acordo com o Sindasp-RN, vai se concentrar em dois pontos. Um deles será no Presídio Provisório Raimundo Nonato Fernandes, na zona Norte de Natal, e o outro em frente à Penitenciária Mário Negócio, em Mossoró. Tanto os agentes penitenciários estaduais como os federais que trabalham no Presídio Federal de Mossoró deverão participar do movimento, segundo a assessoria do Sindicato.
Vilma Batista informou que a concentração terá início a partir das 8h. Apesar de ter o caráter de paralisação, todos os serviços essenciais das unidades prisionais serão mantidos, conforme ficou acordado na reunião realizada em Brasília, no início do mês.
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