Faern diz que MST esnobou terras oferecidas e que é um movimento criminoso


Foto: Alex Régis.

O presidente da Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do Rio Grande do Norte (Faern), José Vieira, fez novas e duras críticas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Segundo Vieira, o MST esnobou terras oferecidas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no interior do estado. De acordo com o presidente da Faern, o MST tem cometido crimes comuns e tem motivação estritamente política.

Em meio à tensão pelas invasões de terras pelo país e possibilidade de ocupações em 11 propriedades rurais privadas no Rio Grande do Norte, José Vieira disse que o MST não tem buscado terras para produzir. Segundo ele, no ano passado, o Incra abriu um cadastramento para o assentamento Arthur Sabino, em Assu, que depois foi transformado em Fazenda Futuro. Ao todo, havia vagas para que 62 famílias fossem cadastradas, mas não houve procura suficiente.

“O Incra não conseguiu cadastrar essas as 62 famílias por falta de famílias interessadas. Teve que encerrar porque não conseguiu completar os 62 núcleos interessados. O movimento não é um movimento que quer pedaço de terra. É totalmente político”, disse José Vieira.

Ainda segundo o presidente da Faern, os produtores rurais pensavam que as invasões de terra, que foram constantes até 2018 em todo o país, estavam definitivamente encerradas. Porém, nesse momento, os movimentos que realizam as invasões, especialmente o MST, estão fortalecidos e retomaram os atos pelo país, mesmo sendo contemplados pelo Governo Federal com cargos na gestão pública. O movimento, também segundo José Vieira, tem se notabilizado por também cometer crimes comuns, nesse momento.

“Só invadem propriedades produtivas, Embrapa, campos de pesquisa, fazendas de soja, e o MST agora está cometendo crime comum. Eles estão indo armados. Entram e fazem arrastão, depredam, roubam, leva a produção”, acusou.

Sobre a possibilidade de que as ameaças de invasões no Rio Grande do Norte se cumpra, José Vieira diz que a Faern tem mantido conversas com o Governo do Estado para tentar evitar essas ações.

“A Faern está em reunião constante no Governo demonstrando que não necessidade de invasões de terra aqui no estado. Os produtores têm relatado apreensão e ao mesmo tempo se organizando. Tenho muita esperança de que isso não aconteça porque o Governo Federal está atendendo às demandas deles (MST) no Incra. Eu imaginava que isso nem mais existiria no Brasil. De uma hora para outra isso virou um inferno, trazendo insegurança a todo o setor no país”, lamentou José Vieira.

Apreensão

A TRIBUNA DO NORTE trouxe a informação, na semana passada, de que o MST planejava invadir 11 terras em “todas as regiões do Rio Grande do Norte”. As informações foram do coordenador de Frente de Massas do Movimento, Paulo Neto. Segundo ele, aproximadamente 1.100 famílias estão mobilizadas para ocupações. Por estratégia, os militantes não revelaram local das ações ou qual tipo de área será alvo das invasões. Até esta segunda-feira (24), não há registro de ocupações no Rio Grande do Norte.

Na última segunda (17), cerca de 300 militantes ocuparam o prédio do Incra, mas já deixaram o local. O vice-governador Walter Alves, que estava no exercício do comando do Executivo, teve reunião com a cúpula da Segurança Pública e discutiram as demandas de produtores rurais do Rio Grande do Norte em relação às preocupações com a possibilidade de invasão das faladas 11 áreas pelo MST.

Por Tribuna do Norte. 


 

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