Ibama apreende 575 quilos de lagosta irregular em praia do litoral potiguar



Apreensão aconteceu em depósitos clandestinos na praia de Muriú.
Dois suspeitos de crime ambiental foram detidos pelo Ibama.


Lagosta irregular foi apreendida em Muriú, praia do litoral Norte do Rio Grande do Norte (Foto: Divulgação/Ibama-RN)Lagosta irregular foi apreendida em Muriú (Foto: Divulgação/Ibama-RN)
Uma ação de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apreendeu 575 quilos de lagosta na manhã desta sexta-feira (30) na praia de Muriú, no litoral Norte do Rio Grande do Norte. A maior parte dos crustáceos estava em dois freezers de um depósito clandestino nos fundos de uma casa. O proprietário do imóvel conseguiu fugir. Em outra casa, um morador também tentou fugir levando cerca de 15 quilos, mas foi detido pela fiscalização. Os dois serão multados nos próximos dias e deverão responder por crime ambiental na Justiça. A maior multa deverá atingir R$ 20 mil. A menor, cerca de R$ 1 mil.

O Ibama explica que a apreensão foi realizada em período de defeso, o que confirma a realização da pesca ilegal da lagosta em todo o ano. De acordo com o instituto, os pescadores também utilizam métodos proibidos para a pesca, como a captura com auxílio do compressor de mergulho ou de redes. O resultado é a diminuição dos estoques do pescado e a retirada indiscriminada de lagostas ovadas. Desde primeiro de dezembro até esta sexta, o Ibama já apreendeu mais de uma tonelada do produto no RN.

Segundo o superintendente do Ibama no RN, Alvamar Queiroz, a fiscalização permanecerá atenta mesmo após o defeso, que termina neste sábado (31). “Agora nossos esforços recairão nas vistorias das empresas de pesca. Não vamos autorizar exportações de lagosta sem que as empresas exibam o comprovante de origem do pescado”, alerta. Ele orienta também para que os empresários não recebam lagosta imediatamente após o término do defeso. “Se um pescador demora entre 10 e 15 dias entre sair para o mar, pescar e retornar, como pode oferecer lagostas na primeira semana após o termino do defeso? Alguma coisa estará errada”, disse.

O Ibama informa que o consumidor final de lagostas também deve obedecer a algumas regras. São elas nunca comprar lagostas filetadas ou em pedaços pequenos; exigir a lagosta inteira ou, pelo menos, com a cauda intacta; observar o tamanho mínimo da cauda, que deve ser de 13 centímetros para a espécie vermelha e 11 centímetros para a espécie cabo-verde; e exigência da nota fiscal.  Os telefones para denunciar irregularidades são 3342-0446 ou 0800-61-8080.
G1/RN

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