Vendedores ambulantes são retirados da Praça do Mercado
Vendedores foram retirados da Praça
Os vendedores ambulantes que comercializam seus produtos na Praça da Independência, mais conhecida por “Praça do Mercado”, foram surpreendidos pela fiscalização da Prefeitura na manhã de ontem, 18. Alguns já esperavam a fiscalização, o que pode ser comprovado pela faixa de protesto.
Ponto conhecido pelo comércio popular, a Praça do Mercado vem sendo desocupada desde 2009, quando a Prefeitura, através da Secretaria de Urbanismo, iniciou o trabalho de revitalização do local, que incluiu a retirada dos ambulantes, com deslocamento para barracas desocupadas na Cobal, além de uma pequena reforma na praça.
Sem ter para onde ir, muitos ambulantes ficaram sem saber o que fazer. Foi o caso da comerciante Tatiana Régia, 32 anos, que vende uma série de produtos, de meias a água mineral. “Eles querem nos tirar da praça, mas é daqui que vem nosso sustento. Pago aluguel de R$ 300,00 e chego a faturar em média um salário mínimo, às vezes dá mais fraco... Chego de 7h e só saio de 18h”.
O vendedor de churrasco Antônio Ferreira da Silva, 38 anos, trabalha no comércio informal há 9 anos e estava na Praça há dois meses. “Tenho três filhos, mandaram eu buscar outro lugar, mas eu não sei o que fazer, nem para onde ir... Já tinha meus clientes aqui, isso é uma coisa muito errada, como vou ter meu ganha pão, vão me obrigar a roubar”, falou Antônio, desesperado.
O secretário de Urbanismo, Alexandre Lopes, explicou que a retirada dos ambulantes da Praça é uma ação que remonta desde 2009, quando os trabalhos foram iniciados através de uma ação judicial. “As praças têm como fim específico o lazer, não podem ser ocupadas por comércio. A Prefeitura não quer tirar o sustento dessas pessoas, mas também não podemos indicar um local para eles irem agora porque esta é uma atividade irregular”, afirmou Alexandre.
O secretário acrescentou que o problema é mais complexo. A dificuldade de encontrar uma área no Centro é um dos principais empecilhos. Existe um projeto de instalação de um shopping popular, “mas não temos terreno disponível”, finalizou Alexandre Lopes.

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