Vendedores ambulantes são retirados da Praça do Mercado
Ponto conhecido pelo comércio popular, a Praça do Mercado vem sendo desocupada desde 2009, quando a Prefeitura, através da Secretaria de Urbanismo, iniciou o trabalho de revitalização do local, que incluiu a retirada dos ambulantes, com deslocamento para barracas desocupadas na Cobal, além de uma pequena reforma na praça.
Sem ter para onde ir, muitos ambulantes ficaram sem saber o que fazer. Foi o caso da comerciante Tatiana Régia, 32 anos, que vende uma série de produtos, de meias a água mineral. “Eles querem nos tirar da praça, mas é daqui que vem nosso sustento. Pago aluguel de R$ 300,00 e chego a faturar em média um salário mínimo, às vezes dá mais fraco... Chego de 7h e só saio de 18h”.
O vendedor de churrasco Antônio Ferreira da Silva, 38 anos, trabalha no comércio informal há 9 anos e estava na Praça há dois meses. “Tenho três filhos, mandaram eu buscar outro lugar, mas eu não sei o que fazer, nem para onde ir... Já tinha meus clientes aqui, isso é uma coisa muito errada, como vou ter meu ganha pão, vão me obrigar a roubar”, falou Antônio, desesperado.
O secretário de Urbanismo, Alexandre Lopes, explicou que a retirada dos ambulantes da Praça é uma ação que remonta desde 2009, quando os trabalhos foram iniciados através de uma ação judicial. “As praças têm como fim específico o lazer, não podem ser ocupadas por comércio. A Prefeitura não quer tirar o sustento dessas pessoas, mas também não podemos indicar um local para eles irem agora porque esta é uma atividade irregular”, afirmou Alexandre.
O secretário acrescentou que o problema é mais complexo. A dificuldade de encontrar uma área no Centro é um dos principais empecilhos. Existe um projeto de instalação de um shopping popular, “mas não temos terreno disponível”, finalizou Alexandre Lopes.
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