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Thiago Medeiros/Nominuto.com
Segundo a delegada, Sheila Freitas, mesmo afastada das negociações com
os sequestradores, a polícia não se omitiu quanto às investigações.
O Secretário Adjunto da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social,
Silva Júnior, e a delegada titular da Divisão Especializada em
Investigação e Combate ao Crime, Sheila Freitas, concederam entrevista
na tarde desta terça-feira (24), para detalhar as ações da polícia que
culminou com o resgate do jovem Porcino Segundo, sequestrado há 37 dias.
Segundo a delegada, mesmo afastada das negociações com os sequestradores
a pedido da família, a polícia não se omitiu quanto às investigações.
"Fizemos um compromisso. O importante não era tanto prender os acusados e
sim trazer Popó de volta com vida para sua família".
Ela confirmou a informação de que a família Porcino chegou a negociar o
valor do resgate com os sequestradores, mas garantiu que nenhuma quantia
foi paga. Sheila também ressaltou a parceria com o Poder Judiciário
durante as investigações e se emocionou ao agradecer todos os policiais
que participaram do caso.
Popó ficou sequestrado por mais de 1 mês e nesse período chegou a ficar
preso em dois cativeiros, o primeiro em Parnamirim e depois na praia de
Pitangui. Ele teve o cabelo raspado para não ser reconhecido. "Ele não
chegou a ser torturado fisicamente, mas ficou acorrentado durante todos
esses dias".
A reação do jovem aos ser solto surpreendeu o secretário-adjunto Silva
Júnior. "Ele estava relativamente tranquilo e agradeceu a Deus pelos
policiais terem chegado ao cativeiro. Popó confiou na polícia".
O cativeiro em que Popó foi resgatado estava sendo vigiado por quatro
pessoas, duas delas morreram em decorrência da ação: um homem
identificado por "cabeça" ainda no local e Anderson de Sousa Nascimento
após ser socorrido para o Hospital Santa Catarina. Também foram presos
em Pitangui o casal Paulo Victor Lopes e Bruna de Pinho; José Orlando
Evangelista foi preso minutos antes no bairro Pitimbu, na zona Sul.
Mesmo tendo identificando apenas cinco integrantes da quadrilha, a
delegada Sheila Freitas investiga a possibilidade de pelo menos outras
cinco pessoas terem participado do sequestro.
Por fim, a delegada criticou a cobertura feita por blogueiros sobre o
caso. "O blog diz o que quer sem medir consequências e isso dificultou
muito para a família Porcino. Os acusados liam as matérias e comentavam
com o jovem no cativeiro, o torturando psicologicamente", pontuou.
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