Aconteceram nesse final de semana em Santander, Espanha, as regatas de
kitesurf para a classe poder pleitear uma vaga nos Jogos Olimpicos. O
comite da ISAF, bem como o Presidente Goran Petersson, a vice presidente
teresa Lara ficaram impressionados com o desempenho e profissionalismo
da classe, e constataram que o kitesurf pode trazer um público
completamente novo para a vela.
Equipamentos mais acessíveis, a necessidade de pouca infra-estrutura
(marinas) e a faclidade de transporte foram alguns dos destaques da
categoria.
Os representantes da ISAF prestaram muita atenção às regras e equipamentos da classe -
muitas pranchas foram medidas e pesadas, e foi uma surpresa o alto
desempenho demonstrado com o equipamento que tem um peso total de pouco
mais de 10 kg - incluindo prancha, kite, quilhas, barra, e roupas de
neoprene.
O evento começou com discussões sobre os formatos de competição - por
sorte não havia vento no primeiro dia. Algumas idéias foram trocadas e,
finalmente, uma lista de 7 formatos seriam testados, variando de
corridas de regata barla/sota, a slaloms com saltos como no supercross.
Participaram 18 velejadores de 10 países e 4 continentes como: o
campeão mundial de course racing Johnny Heineken, o campeão mundial de
slalom Damien Leroy, e a campeã européia Katja Roose que foram
acompanhados por muitos campeões nacionais. Todos muito ansiosos para
mostrar o esporte e despreocupados com a possibilidade de vencer as
regatas ganhando pontos para a vaga no Rio de Janeiro.
Com muito sol e temperaturas amenas o vento chegou no segundo dia: 6-8
nós, suficiente para regatas barla/sota. Alguns dos velejadores foram
para a água com GPS para a análise da ISAF.
Percebeu-se que o equipamento de regatas anda, com vento entre 6 e 8
nós, no contra o vento a 15 nós e no popa a 25 nós. Estamos falando em
quase 4x a velcidade do vento, desempenho que só é alcançado por barcos
de milhões de dólares da Americas Cup.
Dia 3 começou com mais vento e um novo formato: o enduro - uma perna
contra o vento curta e um slalom a favor do vento com um salto no
caminho para a linha de chegada. Esse formato deu bastante emoção, só
faltaram algumas opções táticas, mas os espectadores na praia acharam
mais fácil de ver quem está liderando. O vento aumentou constantemente
para os outrios formatos escolhidos, e a comissão de regata teve
bastante trabalho para montar as raias. O formato seguinte testado foi
uma regata quadrangular - é um barla/sota, mas com duas pernas curtas
para tornar mais compreensível ao público quem está na frente.
Depois foi testado o barla/sota, com duas portas. Tacticamente
exigente, mas difícil de entender para os espectadores, pois os
velejadores se separam e é impossível dizer quem está na liderança. A
maior surpresa nesta fase; o vento tinha até 18 nós e as regatas estavam
ficando difíceis - todos os velejadores ainda estavam com o mesmo
equipamento!
Por volta das 16:00 horas, ainda com 16 a18 nós e ondas de 1 a 1,5
metros foi testado o útlimo formato. O slalom, em baterias de seis
velejadores. As largadas foram emocionantes, e as velocidades atingiram
30 nós! As posições foram se alternando várias vezes dando bastante
emoção ao público. A principal diferença dessa categoria, é ser
disputada em baterias mais curtas com eliminatórias dentro de chaves até
a final.
Os últimos dois dias foram para afinar os cursos e preparar os
relatórios. No entanto, no dia 4 a brisa no final de tarde entrou e
alguns velejadores foram para a raia dos multicascos e esquifes.
O resultado final dos testes de avaliação foi a realização de regatas
de slalom, acrescentando habilidades de manuseio de equipamentos para a
navegação, tática, além de ter pernas maiores para melhor compreensão do
público e regatas slalom com número reduzido de atletas e
eliminatórias.
No domingo, as regatas acabaram, restando a decisão da entrada do kitesurf nas Olimpiadas para a ISAF. As opções são:
- Somente Windsurf
- Somente Kiteboarsurf
- Eventos de equipe de ambos os esportes
|
Comentários
Postar um comentário