Mara Puljiz - Correio Braziliense
Um
roubo cinematográfico de R$100 mil — que estavam em uma maleta dentro
do carro de um secretário parlamentar do presidente da Câmara dos
Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) — é investigado pela Polícia
Civil do Distrito Federal. Dois homens armados com revólveres
interceptaram o carro de Wellington Ferreira da Costa, 53 anos, que
trabalha no gabinete de Alves. O crime ocorreu no último dia 13, por
volta das 13h30. Wellington passava pela L4 Norte, próximo ao Minas
Tênis Clube, quando os assaltantes em um Fiat Strada de cor branca
jogaram o carro na frente do Ômega JEB 2812-DF da vítima. Sem conseguir
frear, Wellington acabou colidindo com a traseira do outro veículo.
Testemunhas
conseguiram anotar a placa: OLX-2564, mas a identificação é de uma
motocicleta pertencente a uma moradora de Lagoa da Prata (MG). No Ômega,
estavam a mulher do secretário parlamentar e a filha dele. Os
criminosos desceram sem encobrir o rosto e se identificaram como
policiais civis. Inclusive apresentaram distintivos. Em seguida,
revistaram o Ômega e encontraram a maleta com o dinheiro. Levaram ainda
um telefone celular, um tablet, documentos pessoais e cartões de crédito
de Wellington.
O
celular do secretário parlamentar foi encontrado pela Polícia Civil
abandonado em um estacionamento da Universidade de Brasília (UnB). O
tablet tinha sido jogado em uma área no Conjunto 6 da QL 10 do Lago Sul.
Tanto o Ômega quanto os aparelhos encontrados estão apreendidos e
passaram por perícia no Instituto de Criminalística (IC) e de
Identificação (II). O caso foi registrado na 2ª Delegacia de Polícia
(Asa Norte), mas encaminhado 10 dias depois para a Delegacia de
Repressão a Furtos (DRF).
Trauma
Em
depoimento à polícia, Wellington não forneceu outras características
dos autores. A reportagem do Correio tentou contato com ele tanto no
telefone residencial quanto no gabinete da Câmara, mas a assessoria de
imprensa informou que ele "estava traumatizado" e que não comentaria o
caso, nem mesmo a origem do dinheiro e para onde o montante seria
levado.
O
diretor da PCDF, Jorge Xavier, disse não estar acompanhando as
investigações em torno do episódio, mas ressaltou que o roubo chamou a
atenção, principalmente pela quantia de dinheiro levada e pelo horário
da ocorrência. "Um roubo como esse não é tão comum, principalmente
naquela região. Nosso foco é apurar o roubo e as investigações estão
caminhando", assegurou Xavier.
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